terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Uma Certa Família



·         Todos da família estão em linha virados pra igreja; a medida que um vai falando, se vira e quando terminar, deve fazer uma posição de tristeza.

ESPOSO: Sabe, quando eu casei, tinha tantos planos. Queria formar um lar perfeito. Mas agora não tenho mais esperança. Minha esposa era tão compreensiva, era tão delicada, tão amorosa. Logo quando casamos ela concordava em passear, em fazer programas. Quando ia as reuniões como os amigos ela acompanhava-me contente. Mas, as cosias mudaram muito. Quando chego em casa ela está sempre resmungando, sempre se queixando. Nada está bom, tudo o que é dos outros é melhor.
Lá em casa não é agradável nem quando estamos sentados à mesa para as refeições. Todos brigam, reclamam, gritam.
     E os meus filhos! Que desacerto! O garoto, o meu garoto. Eu sonhei com ele como meu companheiro. Sentaríamos juntos, faríamos planos juntos, iríamos ao futebol, a pescarias. Enfim, teria nele um sincero amigo. Mas tudo isto foi um sonho. Meu filho é um revoltado. Não conversa comigo. Está mal educado. Somente os outros é que estão com a razão e não nós, os seus pais. Anda com mas companhias. Acho que anda até com más ações, bebidas, etc. A minha filha. Sonhei que minha filha fosse aquele tipo de moça prendada, estudiosa, companheira de sua mãe. Mas também anda com más companhias. Chega tarde. Não aceita conselhos. Não sei, acho que meu sonho virou desgraça. O que será que aconteceu? O que foi que deu errado? O que fizemos de errado.

ESPOSA: É na minha casa as coisas vão mal. Quando eu me casei era tão diferente. Nós conversávamos, fazíamos planos, trabalhávamos juntos na igreja, Saíamos para passear. Ele era carinhoso, saíamos caminhando pela rua de mãos dadas como dois namorados. Íamos ao cinema, ao teatro, aos passeios da congregação. Programávamos as nossas férias juntos. Enfim , éramos muito felizes.
     Mas agora, agora  a coisa mudou, mudou tanto ! ele já chega em casa irritado. Briga com o s filhos, briga comigo. Nem aquele beijinho d até logo quando ia para o trabalho ele dá mais. Não conversa mais comigo e quando o faz é gritando. As vezes ele chega em casa cheirando a álcool. Não sei, acho que nosso casamento acabou.
     E os meus filhos! Sempre pensei que os filhos seriam nossos companheiros, nos amariam e conversariam  conosco. Ma s me enganei. Até já me esqueci do dia em que  me deram um abraço, um beijo.
O garoto está rebelde, sai e não dá satisfação anda com companhias que me deixam receosa quanto o seu futuro. Quando eu falo, logo recebo um fora como quadrada, ou então um não chateia. Minha filha também mudou tanto . Lembro-me quando a levava a escola dominical e aos cultos, eu a arrumava e ela ficava tão bonita, no dia da sua confirmação eu chorei. Minha menininha estava ficando uma moça, e que moça bonita! Depois as coisas mudaram tanto. Viram os namorados, o s amigos, os passeios, divertimentos e minha filha foi mudando. Eu sempre a avisava contra esses amigos. Eu via , eu sabia que não eram boa coisa. Mas ela foi ficando revoltada contra mim. Foi se afastando, afastando... E, hoje, eu penso: Onde estão os meus filhos que sempre buscavam refúgio em mim? Onde está o meu marido que era o meu companheiro e ajudador? Que prometeu ficar comigo nos momentos de alegria e de tristeza na saúde e na doença? Onde está a minha família?

FILHA: Sabe, as coisa lá em casa de uns anos para cá não andam nada bem. Meus pais não têm tempo de resolver nossos problemas. Minha mãe, acho que não entende de certos assuntos, meu pai também. Os dois não estão se entendendo.
     Quando éramos crianças as coisas eram diferentes, eram muito melhores. Saíamos juntos, íamos passear, a mãe contava histórias, recebíamos carinho, íamos a escola dominical e até a igreja. Hoje é cada um por si.
     Hoje estou com grave problema: estou grávida e não sei o que faço, só sei que quando a turma lá em cada souber, será uma bomba. Minha mãe não vai compreender, meu pai vai me expulsar de casa, e não tenho para onde ir. Emprego não tenho. Não sei o que fazer.
     Colegas me aconselharam  o aborto. Acho que esta é a  melhor solução. Acho que farei isto. Já me deram até o endereço de alguém para recorrer.
     Sinceramente não sei o que fazer. Acho que esta é a melhor solução. Ninguém fica sabendo do meu passado errado e me livro  de futuros problemas e tudo bem.

FILHO: Que vida chata! Todo mundo que se meter na vida da gente. O pai reclama, a mãe chateia. Eu acho que cada um deve fazer e viver como quer. Minha mãe e meu pai enchem, principalmente quando ficam dizendo que eu deveria ir a igreja, deveria ir aos cultos. Poxa, eles não visão e ficam mandando a gente ir.
     Mas sabe, falando sinceramente, até que seria bacana se a minha família fosse unida. Que não houvesse em minha casa as constantes brigas. Meu pai brigando com minha mãe , minha mãe brigando com meu pai, os dois brigando com minha irmã e eu. Até que seria bom se nós nos entendêssemos. Mas, também não há união em casa, ninguém se entende.
     Ora, se eu não encontro apoio em casa, vou buscar na rua, entre meus colegas e amigos. É isso aí, o negócio é curtir com eles. Não sei, não me resolvi, mas acho que seria uma boa para esquecer, apelar para aquilo que meus amigos apelam, fumo e picada, assim pelo menos eu posso ser um pouquinho feliz.

PASTOR: Eis aqui uma família desmartelada, eis aqui uma família a beira do precipício. Eis aqui uma família que abandonou a direção de Deus. Vocês devem ter notado que cada um dos personagens falou que outrora, que antigamente iam a igreja. Cultuavam a Deus, seguiam a Deus e depois o abandonaram, e o que eram direção e felicidade se transformou em infelicidade e desgraça.
     Onde não há Deus, não há compreensão! Onde não está Cristo não há amor! Onde os corações não estão cheios do Espírito Santo não há felicidade. Falta urgentemente a direção de Deus. ( vai falando a cada personagem)
     Pai, grande é a tua responsabilidade diante de Deus. Grande é a tua responsabilidade como pai. O teu exemplo, as tuas palavras, a tua vida são a escola dos filhos. O teu exemplo e as tuas palavras são o modelador de teu lar.
que você está fazendo? O que você fez com tua família? O que você fez com Deus? Olha de onde caíste volta. Volta para Deus. Volta para tua família. Volta para tua esposa.
Mãe há tantas palavras que falam bem e elogiam as mães. Sobre as obras das mães, está a construção do lar. Da educação dos filhos. Mãe, tu és o espelho de teu lar. A tua amargura a tua infelicidade são o retrato do teu lar.
Olha para o teu lar. Olha para o teu esposo. Olha para teus filhos. O que aconteceu? Onde está aquela mãe que arrumava e acordava os filhos para o culto e para a escola dominical? Onde está aquela mãe que orava que confiava  que vivia para Deus.
Mãe, volta. Volta com a tua família para Deus e para Cristo. Volta para a casa de Deus; e Deus vos abençoara.
Filho, eu estou procurando aquele garoto que era sempre primeiro a responder na escola dominical. Onde está aquele bom aluno na instrução dos confirmandos? Onde está aquele jovem do qual muito se esperava na juventude? Agora, para um pouco e começa a observar. Olha como os jovens que são verdadeiros cristãos que são sinceros como eles são diferentes. Veja como eles sorriem satisfeitos. Agora, olha para ti. Que diferença, não é?
Sabes por que estás tão diferente? Abandonaste o teu Jesus, abandonaste a companhia daqueles que crêem. Volta amigo. Cristo te espera.
Filha como teu professor, lembro-me daquela garotinha alegre, toda vaidosa, principalmente quando usava uma roupa nova. Lembro-me da alegria daquela mocinha no dia sua confirmação. Lembro-me de como ficaste toda feliz com o primeiro cargo da juventude. Depois foste se afastando começaste a andar com colegas diferentes. Hoje estás sofrendo as conseqüências de teus atos, de um caminho que mesma escolhestes. Aborto não clínico que tu mesma escolhestes. Aborto não clínico é crime, não queiras acumular sobre tantos erros mais um, que é este crime. Volta para Cristo, pois ele tem uma palavra de perdão para ti também.
     Vejam onde pode chegar uma família quando abandona a Cristo ou vive sem ele. E agora? O que fazer? Será tarde demais?
Não, nunca é tarde demais!
Deus não chega atrasado. Para Deus nunca é tarde demais. Comecemos agora mesmo a cultuar ao nosso Deus misericordioso. 

Cantam a música “ Eu e minha casa” de André Valadão



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